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Em cada um de nós existe um poema .
Um por escrever ... um escrito que se quer procurado e se mantêm escondido na alma ... no coração.

Ser poeta ... não é escrever poemas.

É saber descobrir na poesia ... a parte que falta em si, a parte que falta ... nos outros .

Urbano Gonçalo




quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Poemário


Este novo projeto que eu abraço, consiste em tornar um NoteBook vulgar, em algo personalizado mais agradável ao quotidiano de quem como eu, gosta de organizar ou ... reorganizar constantemente a sua vida.
Trezentas e sessenta e cinco páginas, trezentos e sessenta e cinco poemas, de outros tantos autores, onde eu feliz me incluo num mês especial e num dia ainda mais especial para mim.
Aqui ficam as imagens.
Quanto ao meu poema ... bom, não seria justo para quem vai adquirir o Poemário (qualquer um pode!), ler um poema ... que já dera a volta ao mundo, não é?!!




  
 
 

domingo, 19 de outubro de 2014

De volta ...


De volta à "baila", o meu Pessoa participa atualmente no
Prémio de Pintura Elena Muriel.


                                    O meu Pessoa

 
Óleo sobre tela
 
 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O olho ...



No regresso das férias, trago entre as boas recordações ... este meu novo quadro.

                                      O olho



 
Óleo sobre tela
 
 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Destino


Procuro um caminho que me conheça ...
procuro um local de devaneio ...
fora da minha cabeça
Um esguio pensar, a verdadeira metamorfose dos sentidos
aquela lágrima, aquele olhar ...
se calhar

Este caminho que não me sente
que constantemente ... me mente
que se oculta no meu coração
que sempre foge ... à razão

Este caminho não me conhece e ...
eu já não o reconheço, apenas fomento
um inusitado desespero
apenas ... o forneço
e esqueço ... o apreço

Este caminho que ... não sei quando
no calendário começou ...
não sei porque nele vim ... venho ... vou
esta velocidade lenta ...
o que em verdade representa ?!!

Ele que transporta outros ...
que me puxa e os empurra
que não me diz quem fui ... quem sou
não me explica a vida
não me diz quem me ama ...
ou quem já me amou






domingo, 20 de julho de 2014

terça-feira, 24 de junho de 2014

Fado



                                              FADO
 

                                              
                                       Óleo sobre tela


Quadro novo.
Quadra de festas populares, onde as cores do fogo de artifício, o manjerico, a sardinha assada e os balões que iluminam o céu à noite se misturam ... aqui!!
Cores portuguesas ... guitarra como símbolo universal do fado e da alma portuguesa.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Holding back the years ...


E depois de tudo
eis que tudo ... volta ao princípio.
Eis que de novo
os sonhos comandam
fomentam, ordenam ...

Um tal amor ...
uma tal dor ...
um fim que não se compreendeu ...
um adeus ... que te dei

Não mais ...
disse ...
disseste ...

Agora morro ao acordar ...
sonho sem adormecer ...
sou ... quem não sou

Não voltam esses olhos ...
não voltam esses momentos
porque afinal de contas ...

eles nunca partiram
tu ... nunca partiste
esse ... é o problema
o inexplicável ... problema

Sinto-me sufocar
sinto-me sufocar ... na saudade
na saudade que o meu coração tem ... de ti.





domingo, 27 de abril de 2014

Send me an ... SMS !!

 
 
Longe vão os tempos das mensagens em garrafas que se atiravam ao mar .
Umas vezes por mera curiosidade, outras por desespero de causa, o que é certo é que já assim se fez em outros tempos.
Com o avançar(?) da civilização, com o avançar das novas(?) tecnologias muitos novos hábitos se enraizaram no homem.
Falo por exemplo dos telemóveis. Esses tais que hoje em dia todos temos, necessitamos ... sorvemos!!
A antiga mensagem " Send me an SOS", deu lugar à actual "Send me an SMS". Esta por sua vez moldou e de que maneira as nossas vidas, a nossa maneira de "falar" e "escrever". Agora - tb= também, bm= bom, cv= você, hj= hoje, bj= beijo, etc, etc.
Até aí ... mas os verdadeiros malefícios das sms´s são em boa verdade outros.
Trocar sms enquanto se conduz ... trocar sms durante uma aula fazendo-o por baixo da secretária enquanto se fixa atentamente o prof. (os miúdos fazem-no amiúde, tal é já a destreza manual (vide hábito) pois nem necessitam de olhar para o visor ou teclado!!), trocar sms nos empregos durante o trabalho ... com o amigo ou ... a colega jeitosa e muitas vezes casada. Apareceram assim muitas relações amorosas muitos "casos" todos nós o sabemos ... os vimos crescer e morrer destruindo vidas e relações que o não mereciam! Comprar comida, bilhetes de cinema, postar no Face, Blog ou outro,  ser "lembrado" pelo fisco de uma multa ... de um imposto a cobrar também já é prática comum, tratar de reclamações com seguradoras ou outros, marcar revisão do carro ... marcar no cabeleireiro, eu sei lá!!
A vida passou a ser mais individual mais distante dos outros. Já não se fala?? Mandamos uma sms e pronto!! Já não se diz : - Querida(o) estou atrasado(a)!
Apenas enviamos sms - T. atrsdo :) (boneco para disfarçar! outra invenção sms)
Ela responde: - Tb :( ( mesmo que seja verdadeiramente ;) ) 
Já não se ouve a voz do outro, assim ... escapam-nos as mentiras as omissões, sejam de pais, maridos esposas ou filhos e amigos. 
Já nada é simples verdadeiro fidedigno, criamos um novo "mundo" nosso, no qual nos revemos em aplicações, modas, ideias dos outros, mesmo sendo isso um contra-censo descomunal. Se queres estar "IN" tens que dar ou ter muitos ... Like´s!!
Espero bem que a tecnologia continue a evoluir, pois desse modo as pessoas poderão "via" tlm e sms fazer almoço e jantar, lavar e passar a roupa a ferro, limpar a casa, cortar a relva, arranjar a torneira que pinga e até quiçá mesmo atestar o depósito do carro, ou o que seria mesmo maravilhoso ... mudar a fralda aos miúdos!! Aí sim ... seremos verdadeiramente felizes e ... completos enquanto seres ... "humanos".
 
 
E esta sms ... ???
 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Nesta Páscoa imagine ...




Tributo ao homem, ao artista, à sua visão.
Nesta Páscoa este poema (desejo), faz todo o sentido.
Imaginam ?!!


terça-feira, 8 de abril de 2014

Would ?!!


Faria diferença abrir as mãos ?
Fechar os olhos ?
Deixar de mentir ?

Faria diferença deixar de ouvir ?
Deixar de sonhar ?
Fechar os olhos ... aos outros ?

Faria diferença amar ?
Mesmo não sendo amado ?
Dar ... dar ... dar ?

Faria diferença o sol não nascer ?
A noite não aparecer ?
A madrugada ... esquecer ?

Faria diferença ?
Uma tela em branco ?
Uma folha em ... branco ?

Farei a diferença ?
Como saber ?
Como ... não ser mais um ?

Qual o preço ?
Existirá ... um ?
Porquê ?





quinta-feira, 27 de março de 2014

Voltar ...


Voltar ...
ao teu centro ... ao teu olhar
voltar a ser vida ... a amar

Voltar ...
a sentir as tuas mãos no meu rosto
voltar ao calor ... do teu corpo

Voltar ...
ao teu peito e dali ... não mais sair
voltar a sentir o teu cheiro ... o teu suor

Voltar ...
num teu sorriso
numa tua lágrima de alegria
voltar ... a existir

Voltar ...
como sol que afasta a noite
ver-te a flor ... que o procura
voltar ... a ser o teu amor

Voltar ...
a ter calor no  peito
a ser luxo ... insuspeito
voltar ... como seria?






quinta-feira, 13 de março de 2014

Novo romance (excerto)


Um vento suave pairava por ali afora, um vento tão suave, que parecia o sopro de alguém que brinca connosco, quando nos quer acordar.
A figueira nem abanava, e tudo por ali estava adormecido num torpor inexplicável, de tão subtil.
Os pássaros, esses, contrariavam a calmaria da ordem, barafustando uns com os outros e saltando de ramo para ramo incansavelmente, apenas tendo nas andorinhas, concorrência no desassossego.
O velho Tobias voltava-se para o outro lado, no banco sob a figueira-brava rabujando num hálito alcoólico
- Ucelli´s!!

As andorinhas eram as minhas aventureiras preferidas desde miúdo.
Elas voltavam impreterivelmente todos os anos ao mesmo local e ao mesmo ninho, o que me deixava intrigado e mesmo ... abismado.
Uma vez, cometi o sacrilégio - inocente - de roubar um ovo, de um desses ninhos, que existiam lá no beiral da casa da minha avó.
Roubei, e tive-o cuidadosamente comigo dois dias. Dois dias, de longo, de inexplicável martírio para mim, pois se por um lado não conseguia ver a mãe andorinha a procurar o seu ovo, num desespero incansável de mãe, por outro, não preguei olho durante esses dois dias, com medo de o ovo eclodir e eu não saber minimamente o que fazer. Assim, voltei a colocá-lo no ninho, ciente de que a andorinha me perdoaria o pecado. No fundo, eu só queria, que pelo menos uma delas, cá ficasse comigo, evitando eu nesse ano, uma longa, perecível e eterna espera pelo verão seguinte, altura em que eu ouviria novamente o seu doce chilrear, e imaginaria todas as suas novas aventuras por esse mundo fora.

Assim, quando a minha avó morreu, chorei que me fartei, não só por ela, mas também e sobretudo, porque temia que as andorinhas nunca mais cá voltassem, nunca mais povoassem o meu mundo imaginário e feliz.
Essa agonia aumentou, quando os meus pais decidiram alugar a parte de cima da casa, precisamente a parte onde a minha avó habitara. Agonia, agonia quando qualquer pessoa lá ia ver a casa, agonia e ... muito barulho que eu então fazia no pátio a jogar à bola, na secreta esperança de que aquelas pessoas não quisessem lá ficar, a aturar fedelhos mal comportados e barulhentos.
Passados dois meses, o senhor João - sapateiro - alugava a casa e eu morria literalmente.
Não era apesar de tudo má pessoa esse senhor João, eu até muitas vezes ficava a vê-lo arranjar o calçado dos clientes, sentado no muro da casa dos meus pais. Dividia assim o melhor de dois mundos, pois se por um lado jogava às marcas de carros com o meu amigo e vizinho Viriato - cada um escolhia uma marca, tipo: Mercedes, BMW, ou outra, depois durante meia hora contava-mos o números de carros dessas marcas que por ali passavam - por outro lado observava curioso o senhor João. Tinha umas mãos muito calejadas, muito mesmo, lembro-me de que uma vez tentei sem ele ver, puxar um daqueles fios com que ele cozia a sola dos sapatos, e de ter ficado com uns grandes sulcos marcados nas minhas mãos, sulcos de dor, por não ter os tais calos.
Eu queria o verão, queria, queria e pronto, e nem o senhor João sapateiro, nem o senhor António Mulareira - lavrador que vivia em frente - quando trocava a junta de bois, e os tirava contra a vontade deles de dentro do camião a pulso e chicote, me faziam desviar as ideias - ele era a coisa mais parecida para mim, com o Ben-Hur que eu vi até hoje.


domingo, 9 de março de 2014

Por quem não esqueci ...




Música da minha juventude, que sempre recordo com saudades!
Um belo poema, um poema que sempre fala comigo ... como amigo!
Uma grande banda, cuja curta carreira foi sempre preenchida de êxitos.
Com cada membro a envolver-se constantemente em novos projetos, a "morte" deste foi ... era inevitável.
Ficam no entanto para a posteridade com este tema, que se tornou a sua imagem de marca.

Tributo aos " Sétima Legião".

segunda-feira, 3 de março de 2014

Mediterrâneo


Quadro novo.
Cores de mar, flores, casas, gentes e ...
o pôr-do-sol
da zona mediterrânea.

 
Mediterrâneo
 


Óleo sobre tela

 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Fall To Pieces

Como te fazer compreender ...
Como  aceitar todas essas culpas que me atiras injustamente?!!

Como dizer-te que estás errada ... frustrada?!!
Tudo aquilo de que me acusas ... soa a oco, soa
a revolta incontida
e direcionada ... a mim!
Se amar é pecado ... então eu sou pecador.
Se me revoltei com o teu abandono?
Revoltei ... foi injusto, inesperado, incompreensível para mim.
Tive gestos impensados de triste agonia.
Peço ... perdão, mas ... só por isso, nada mais!

Apesar de tudo isso, mantenho-me aqui ... para ti!
Se queres provas de amor, aqui tens ... olha para mim!
Se ainda tens dúvidas, revolta, ódio ... descarrega em mim!!
Fui princípio ... quero ser meio e fim!

Serei árvore no meio do temporal, serei proteção, acolhimento para ti!
Esperar-te-ei após o temporal, após essa tua revolta.
Verás que quando o mar está calmo, o nosso coração também assim fica,
e ... o nosso coração, nunca engana ninguém!
Ouvirás então o que ele te diz, saberás dar valor
ao que eu fiz  ... porque o fiz, e porque me sinto cair aos pedaços!!





domingo, 16 de fevereiro de 2014

... pensar o impensável, imaginar ...



É caso para dizer ...
- Agora que já "meteram água", seja o que Deus quiser!!
Haja talento, ideias, visão!
Não é?!!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Walking In My Shoes


Para muitos, falar é ... natural
para outros porém ... ouvir ...
também o é.
Ouvir, opinar (vide julgar!).
Quem verdadeiramente ouve?!!
Saberemos fazê-lo?!!
É complicado por vezes abster-mos cérebro e coração, é complicado
no sentido em que
a nossa opinião se sente "quase" confrontada ... desafiada na razão, não é?
Cada cabeça, sua sentença!
Lá diz o provérbio e com razão.
Mas ... para quê tudo isto?
Porque é cada vez mais complicado "sobreviver" à selva de pensamentos,
inibições, projeções de opinião e outras considerações, que todo
o santo dia nos chegam aos ouvidos.
Por vezes quando vejo um jogo de futebol na TV, desligo o som (quase sempre!),
se alguém entrar lá na sala depois de mim, fica muito admirado com aquilo.
-Mas ... a TV não tem som?!!
-Tem!
-Então porque não está ligado?
-Porque não me interessa nada a opinião dos comentadores, aliás nem sei
para que eles ali estão!
Eu tenho olhos, não preciso que me digam ... o que estou a ver!!
-Dizes cada uma!!
Pois ... isto é apenas um mero exemplo!
As pessoas acham muito natural "seguirem"
as outras ideias
( por norma, felizmente nem todas!), os outros ideais.
Vamos parar e ver as coisas de cima para variar.
Qual "Ensaio sobre a cegueira" do malogrado Saramago, é tempo
de pensar-mos em nós, nos nossos gostos, sonhos, objetivos de felicidade.
Se os outros acharem estranho a gente ver a TV sem som, então paciência ... problema deles.
Talvez um dia alguém acorde e perceba que não é nos "sapatos" dos outros que devemos caminhar, é sim nos nossos.
E se por acaso não os tiver-mos, então não sonhemos ou olhemos para os dos outros, pois assim sendo o melhor mesmo é seguir descalços, e sentir a realidade ... com os nossos pés!!





quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Ser feliz ...



Ser feliz ...
juntar-me ao céu ... ser estrela
ser vento ... montanha ... sol ... mar
sentir ser vida ... amor de alguém

Ter no olhar o brilho de ser ... criança
contar nuvens, com a erva verde por leito
encontrar o meu "EU" original
abrir portas ao mal que ficou

Ser feliz ...
parar a pressa em mim
os dias que me fogem
reencontrar a paixão

Ser feliz ...
por mim ...
para ... mim



sábado, 18 de janeiro de 2014

Sê ...


Se não puderes ser um pinheiro, no cimo de uma colina,
sê um arbusto no vale, mas ... sê
o melhor arbusto à margem do regato.

Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
e dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
sê apenas uma senda,
se não puderes ser o sol, sê uma estrela.

Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso ...
mas sê o melhor no que quer que sejas.


Pablo Neruda.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Inspiração Natalícia


                                           Natal

 
                                     Óleo sobre vidro



sábado, 28 de dezembro de 2013

Amanhã ...


A vida não me larga
o mundo não me foge
a estrada é grande e larga
e eu levo o albornoz

Caminho à luz do dia
por campos e montanhas
e bebo água fria
e a sede não me apanha

E o céu ali é lindo
azul, e eu não resisto
ao céu, ao céu profundo
distante,
e eu insisto

Amanhã ...
amanhã ...
amanhã ... ...

Do recital "O espírito da Paz" - Madredeus.

Bom Ano Novo.

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