A minha filha e eu, somos uma dupla destemida e imbativel.
Juntos percorremos os mais longínquos territórios e enfrentamos os "maus" mais temiveis, ... tudo isto enquanto folheamos calmamente mais uma história ao deitar, claro está.
Temos até uma fórmula mágica para eliminar esses "maus" antes de ela dormir, para isso basta eu passar a minha mão na sua testa muito suavemente e dizer baixinho: - Magia, magia! Para de imediato voltarem os pensamentos bons, aqueles côr de rosa (Barbies, para os leigos!).
Vai daí, estamos num novo dia e com ele as várias trocas de indumentária e respectivos acessórios. Depois mais para o final do dia, temos a nossa habitual reunião onde se discutem os disparates dos principais candidatos a namorado da semana, os quais acabam quase invariávelmente com uma classificação do tipo:
- Que parvos!
Convêm aqui referir (em abono dos ditos em questão!) alguns dos ex-candidatos, dos quais temos por exemplo; Harry Potter, algum do elenco da série "Morangos com Açúcar" etc, etc. Em face deste tipo de concorrência, "Que parvos!" até nem é muito mau convenhamos.
Sem tudo isto já não saberia viver, tão dependente estou do teu sorriso sincero, ou do teu inesperado carinho quando por instantes sou de novo adulto, e tu me perguntas olhando-me atenta:
-Papá, estás triste?
Como posso eu estar triste se tenho toda a riqueza do mundo, e ainda por cima a vê-la crescer todos os dias sorrindo e olhando para mim, como se eu fosse o ... ... ... Peter Pan.
Nota: Dedicado à minha filha Érica.
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