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Em cada um de nós existe um poema .
Um por escrever ... um escrito que se quer procurado e se mantêm escondido na alma ... no coração.

Ser poeta ... não é escrever poemas.

É saber descobrir na poesia ... a parte que falta em si, a parte que falta ... nos outros .

Urbano Gonçalo




quarta-feira, 22 de setembro de 2010

The End






"Querida mãe, acrescento as minhas ultimas palavras neste diário que me legaste antes de nos separarmos para sempre. Quase um ano após o seu último aniversário Deus deu ao meu pai ... a oportunidade de te rever finalmente. Tal como eu te prometi, nunca lhe contei nada sobre o nosso segredo. Aprendi tal como tu quiseste, a conhecer e a amar o homem por si só, e sei que ele fez o mesmo comigo, adoptando-me de alma e coração desde muito cedo como sua ... filha. Espero que ele compreenda o que é talvez incompreensível, e que me perdoe, quando tu lhe contares toda a história que ficou por contar em tempos passados. Peço-vos que juntos olhem por mim do céu, pois eu olharei sempre para ele à noite, com vocês dois no meu pensamento, e no meu coração.
Tua para sempre dedicada filha:
Natalie Genéve de Castro Buiton."




João faleceu tal como pedira a Deus durante um belo sonho.
Deixou um legado de arte e sobretudo de amor, pois quem por ele passou na vida não lhe ficou indiferente. Deixou um testamento, onde reconhecia Natalie como sua filha, e onde explicava o porquê à sua outra filha Susana, deixando esta felicíssima com a surpresa. Pediu ainda para ser sepultado junto de Ana, e quis levar consigo nessa "viagem" o seu caderninho, uma rosa amarela para a sua primeira esposa, e uma recordação da Genéve, se a Nat lha pudesse dar.
Nat por sua vez, no dia da derradeira despedida a seu pai, deu a mão a Susana e juntas dirigiram-se a ele beijando-o carinhosamente. Nat num último gesto entregou a Susana o seu diário, legado que a  mãe lhe deixara, e do qual se despedia agora, com o sentimento de ter cumprido (a custo) a sua promessa. Susana colocou-o junto ao corpo de seu pai, ao lado do caderninho de Ana, e Nat tirou pela primeira vez na sua vida, um pingente de ouro com um monograma em forma de "G" que usava oculto ao pescoço, colocando-o ela mesma carinhosamente e em lágrimas nas mãos de João.
Sempre abraçadas, assistiram juntas aos aplausos de muita gente, que viera homenagear o artista, o amigo, e sobretudo o ... homem, neste seu adeus à vida, e a todos os que ele sempre amou.



Aqui terminam os excertos deste meu romance. Espero que tenham gostado, e que esta experiência tenha sido agradável para quem a acompanhou ao longo destes dias.
Agradeço os vossos comentários, paciência e a vossa amabilidade para comigo.


Obrigado ... muito obrigado!

3 comentários:

Anónimo disse...

Urbano,
seu livro é excelente como já te disse várias vezes e se Deus quiser vai ser um sucesso.
Já alimentei seus bichinhos!
Os peixinhos são até educadinhos, mas seu hamster, ave Maria, se eu ficar atendendo a vontade dele não saio daqui nunca mais.
Bjs.

Luciana Lís disse...

Apareci!
Eita, q final bonito, viu? Mto bom.
Lembrei de 'as pontes de madison'.

E as novidades?
;***

JB disse...

Um romance pelo qual está de parabéns!
Fica-se agarrado à sua escrita, à forma solta e amada com que escreve!

Parabéns, mais uma vez!

Abraço

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