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Em cada um de nós existe um poema .
Um por escrever ... um escrito que se quer procurado e se mantêm escondido na alma ... no coração.

Ser poeta ... não é escrever poemas.

É saber descobrir na poesia ... a parte que falta em si, a parte que falta ... nos outros .

Urbano Gonçalo




domingo, 20 de maio de 2012

Eutanásia ... Distanásia

                                  
                                A vida é bela?!!!

Todos os homens podem, e devem em qualquer circunstância considerar que a vida é bela e de a viver de acordo com isso mesmo.

Ninguém deve considerar a vida desprovida de nobreza e grandiosidade.

A dor e as contrariedades sempre fizeram parte das nossas vidas, e nem por isso se deve ... deixar de amar a vida.

Acontece que na vida o sofrimento ... existe, e a dor também, mas ao contrário do que sucedia antigamente, aqueles que sofrem são agora muitas vezes abandonados pelos seus, e passam a ter muitas vezes de viver sozinhos com a sua dor, à qual se acrescenta ainda outra enorme dor, falo da dor chamada ... solidão.
Sempre existiram doentes e anciãos, mas enquanto em tempos passados eles eram considerados um tesouro, agora ... não passam de um estorvo, e é só por isso que se "inventou" a eutanásia.
Quando apenas "existia" a "opção" suicídio (decisão pessoal!), a eutanásia revelou-se uma quase imposição da sociedade moderna (?!!).

A outra face ... da moeda.

Ações e omissões, matar ou ... deixar morrer.
Disparar sobre alguém é uma ação que poderá muito certamente, levar à morte deste.
Não conseguir ou não querer ajudar a vítima de um tiroteio é uma omissão, mas ... que pode deixar o "outro" morrer.
O debate da eutanásia, diz respeito em grande parte a ações e ou ... omissões intencionais, ou seja, mortes deliberadas e intencionalmente provocadas numa situação em que a pessoa(s) diretamente envolvida(s), poderia(m) ter agido de outro modo. Há alguns (muitos!) problemas em se distinguir claramente entre matar e deixar morrer, ou entre a eutanásia ativa e a ... passiva.
Por exemplo, quem desliga a máquina que suporta a vida de outro, está a matar, mas por outro lado, se recusar à partida a colocar alguém numa máquina dessas, permite apenas que esse alguém morra.
Há também quem defenda a ideia de que esta distinção entre "fazer acontecer" e "deixar acontecer", é moralmente importante na medida em que põe limites aos deveres e responsabilidades de quem tem por obrigação salvar vidas (caso dos médicos).
Em circunstâncias normais as pessoas valorizam as suas vidas, e continuar a viver é do seu interesse. Quando se trata questões como a eutanásia é diferente, em casos de eutanásia, a morte (uma vida não continuada) é do interesse da pessoa .
Isto implica então que quem mata, não está a fazer mal mas sim a beneficiar a pessoa a quem a vida pertence.

Ao usar todos os meios de suporte à vida disponíveis , sendo muitos considerados "extraordinários", estamos perante o conceito da "distanásia", considerada contrária à eutanásia.

Pouco conhecida a distanásia (do grego "dis", mal, algo mal feito, e "thánatos!, morte) é etimologicamente o contrário (como já referi) da entanásia.

Facilmente podemos constatar, que este é um tema sobre o qual as opiniões se dividem e ... divergem em razões desde sempre. Atrevo-me a dizer mesmo ... para sempre, pois quando existem duas "cabeças", existem por certo ... "duas sentenças".

De todo modo, por vezes vale a pena ... pensar o impensável, vale a pena  imaginar ... o inimaginável.

1 comentário:

Regina Rozenbaum disse...

Aiii meu amigo! Tema denso e difícil pra uma segundona e pra essa sua amiga que insiste, sempre, pela VIDA!!! A dor da solidão, do abandono lateja por esses 04 cantos desse mundão de D'us...
Beijuuss n.a.

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