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Em cada um de nós existe um poema .
Um por escrever ... um escrito que se quer procurado e se mantêm escondido na alma ... no coração.

Ser poeta ... não é escrever poemas.

É saber descobrir na poesia ... a parte que falta em si, a parte que falta ... nos outros .

Urbano Gonçalo




domingo, 12 de setembro de 2010

Excerto do meu romance "Genéve" (15)


Depois de tomar-mos o pequeno almoço, fomos a pé dar uma volta por ali. Vimos no entretanto um comboio turístico que apanhamos, e nos levou a ver a zona circundante deixando-nos perto da Catedral. Entramos seguindo os outros visitantes e depois de entrar paramos, ficando a admirar a imponência do sítio.
- Antigamente faziam cada coisa! - disse Nat olhando em seu redor.
- É verdade, hoje ninguém se dá ao trabalho de se dar ao trabalho, de fazer alguma coisa tão meticulosa e bela.
- Até mesmo as igrejas hoje em dia são autênticas caixas! - disse Nat enquanto me puxava para prosseguir-mos a visita.
Colocamos duas velas nos respectivos locais e reserva-mo-nos em silêncio durante alguns instantes. Embora eu creia em Deus mais como uma espécie de força interior, que nos dá alma à vida, rezei por todos aqueles que durante a minha vida perdi, rezei convicto e não pude evitar as lágrimas que deixei correr.
De seguida juntei-me a Nat que ainda rezava, e aguardei depois perto da entrada por ela. Quando ela chegou junto de mim, cumprimos o "ritual" de colocar a mão na imagem do Santo, e pedir ou agradecer por algo ou por alguém em especial.
Saímos à praceta e inspiramos fundo, sentindo-nos bem connosco, e com a vida.
- Foi bom, não foi Nat?
- Sim, acabei de rezar aos meus pais, com um pensamento muito especial para a minha mãe!
- Ainda bem! Eu também rezei a quem perdi. Embora não seja um incondicional nestas andanças da religião, sinto-me muito melhor em ter feito isto, foi afinal muito agradável. É como se aqui a gente estivesse mais perto do nosso coração, da nossa alma.



Obs:
Dedico este "excerto" a uma pessoa (??!!!) que fez um comentário ao blog ... no mínimo indecoroso, descabido, inapropriado, e digno de um psicopata ( sim porque só um "ser" assim não aceita o desprezo que levou!).
Por mim publicava o seu comentário aos excertos que dezenas de mail's me pediram para retomar, mas como respeito muito quem me lê e também eles são aqui directamente insultados, eu obviamente não o farei por respeito a essas pessoas.

Apesar de tudo ... fique bem!
   

2 comentários:

Anónimo disse...

Urbano,
sempre que este tipo de coisa acontece comigo me lembro deste poema:

POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mário Quintana

Terminei e te mando o email amanhã.
Final de semana é muito complicado pra mim.
Bjs.

Anónimo disse...

Caro amigo, é triste quando, até na blogosfera e no submundo da internet, somos capazes de abraçar o melhor e o pior que há na natureza humana. Amores e Ódios há a cada virar da esquina do tempo. Mas a dignidade humana será o espaço comum apenas dos que respeitam o próximo. Não esmoreças com irrelevâncias. Deixo-te aqui o meu abraço sentido.

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